terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Amamentação: Até quando insistir?

O sonho de quase toda mãe é poder alimentar seu filho exclusivamente com leite materno  até os seis meses de vida. Esse era o meu sonho também, mas hoje me pergunto se realmente era MEU desejo ou se era mais um sentimento de que eu tinha que corresponder às expectativas da família, amigos, colegas, etc. Em nossos dias, a cobrança pela amamentação é tão grande que a mulher que, por algum problema não pode amamentar, se sente muito mal, como se por isso se tornasse menos mãe  que aquela que amamenta. Conheço mães que viveram um verdadeiro martírio para conseguirem amamentar e se sentiram culpadas por não conseguirem.
No meu caso pessoal, procurei amamentar exclusivamente por quase três meses e meu filho não ganhava peso suficiente e às vezes até emagrecia. Os médicos sempre me diziam que toda a mãe tem leite suficiente para seu filho e que meu filho não engordava por causa do refluxo e que eu não deveria me preocupar. 
O bebê chorava dia e noite, não ganhava peso, e eu me sentia cansada e preocupada, sem entender o que estava acontecendo. Até o dia em que não suportei mais e me rendi, cheia de culpa, ao leite artificial. Dei a primeira mamadeira (Sim, M-A-M-A-D-E-I-R-A: outra vilã que enche as mães de culpa, mundo a fora!) e meu filho tomou inteirinha... e pediu mais! Hoje me arrependo de não ter dado antes, pois a introdução do leite artificial foi a melhor coisa que nos aconteceu! Meu filho ficou bem mais calmo, parou de chorar o tempo inteiro, e ainda ganhou meio quilo em uma semana. Quem é mãe sabe que isso é muito para um bebezinho! Hoje a minha culpa é por ele ter passado fome! (Ainda bem que Deus olha por nós, mamães cheias de culpa!)
Continuei amamentando no peito e complementando com o leite artificial e hoje meu filho tem 1 ano e 1 mês e ainda amamento, contrariando todos que me diziam que, com a mamadeira, meu filho ia deixar o peito.
Amamentar é importantíssimo para a saúde do bebê e também para estabelecer laços afetivos entre mãe e filho. Mas, a minha experiência pessoal me ensinou que essa relação deve  ser desenvolvida de forma saudável para ambos. Mãe e filho devem se sentir realizados e satisfeitos. Mais que  amamentar, ser mãe é alimentar o filho e, independente da forma, não deixá-lo passar fome!

E a que não amamenta também!

Nenhum comentário:

Postar um comentário